31 de maio de 2012

A escolha do candidato ideal

Avançando a passos largos para as eleições autárquicas de Outubro de 2013, os partidos mobilizam-se, ou já há muito o deveriam ter feito, na busca do candidato ideal.

As próximas eleições prometem uma acesa disputa em várias autarquias.  Dos actuais autarcas em funções, quase metade (49,1%) estarão impedidos por lei, que limita ao máximo de três os mandatos, de se recandidatar ao mesmo município nas próximas eleições.  Acresce a este cenário, a tendência para os emergentes movimentos independentes, que à semelhança das anteriores autárquicas, irão trazer novos candidatos às próximas batalhas eleitorais.

Seja uma candidatura à presidência de uma autarquia ou à presidência de um país, a democracia promove as campanhas eleitorais que cada vez mais se afiliam ao marketing, comunicação, sociologia, relações públicas ou à publicidade. O candidato assume uma multiplicidade de papéis, ele será o estandarte, o mensageiro, a personalização do partido. As ideologias, as estratégias e a ligação do partido com o eleitor serão projectadas através do seu candidato.

Se um partido político se comparasse a uma empresa, o candidato seria a sua marca, a qual se espera reconhecida no mercado e vendável, quer através da sua notoriedade, quer  pela imagem positiva e benefícios que o consumidor possui do produto. No marketing político o seu produto é de longe bem mais importante que uma lata de refrigerante ou embalagem de detergente, o seu produto será presidente com poderes para influenciar o futuro de cada cidadão.

Uma eleição é uma Guerra entre dois ou mais candidatos. Assim, importa levar em conta não só o potencial do nosso candidato, mas também assegurar que ele é superior aos seus adversários.

Mas como encontrar o candidato ideal?
Antes de mais através de pesquisas, que nos dará indicações daquilo que pretende e procura o eleitorado. Desta forma saberemos quais as características do melhor candidato, para um município ou freguesia (no caso das autárquicas). Isto representa a descoberta de um ideal pré-candidato para as eleições.
As qualidades percebidas pela sociedade, de determinado candidato, passarão a fazer parte integrante da sua imagem pública, sendo que se tornará muito difícil alterá-la no decorrer da campanha. Importa pois trabalhar a sua imagem, destacando os seus pontos fortes e se possível diminuir ao máximo ou compensar os seus pontos negativos.




Existem deteminadas qualidades que tornam à partida qualquer candidato um potencial vencedor. Será uma vantagem um candidato ser e parecer - à mulher de César não basta ser séria, tem que parecer séria - capaz, carismático, honesto, possuidor de uma boa aparência, bom comunicador. Será uma mais valia muito importante,  ser possuidor de uma reconhecida trajectória política e profissional.

Embora algumas das qualidades referidas, ou oferta política, possam ser trabalhadas e melhoradas, a ausência do todo, poderá à partida eliminar qualquer aspirante a candidato.

Cada candidato, deverá ter associado a promessa do benefício para o seu publico-alvo, ele deverá ser uma oportunidade, ainda que transitória, de alcançar esses benefícios por parte do eleitor.


Nesta breve reflexão, debruçamo-nos na óptica do marketing eleitoral e  na construção da marca candidato num curto espaço de tempo, alguns meses que culminarão no dia da votação. Como tal, e ao contrário do marketing político, que abarca um longo espaço temporal (um mandato), na eleição a oferta política, com maior facilidade ganhará o entusiasmo, eficácia e rapidez, junto de determinado público-alvo, levando-o à acção e a falar sobre ela.

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