Um sucesso nos festivais de cinema de Cannes, Nova Iorque e São Paulo e nomeado para os Óscares 2013 (Melhor Filme de Língua Estrangeira), o mais recente trabalho do realizador chileno Pablo Larrain's, NO, debruça-se sobre a campanha vitoriosa no plebiscito de 1988, que disse Não à continuidade do mandato de Pinochet, levando à sua saída, menos de dois anos depois.
Em 1988, pressionado pelo seu poderoso aliado estrangeiro, os Estados Unidos da América, o ditador chileno Augusto Pinochet, convoca um referendo sobre a sua presidência.
Os seus 15 anos de regime foram caracterizados pelo desrespeito dos direitos humanos, assassinatos, prisões, exílios e "desaparecidos".
Uma coligação de 16 partidos políticos na oposição à ditadura, contactam um jovem publicitário, René Saavedra (Gael García Bernal), para gerir a sua campanha.
A ex-mulher de René, Verónica (Antónia Zegers), é uma activista radical que acredita que o plebiscito é uma fraude e recusa-se a legitimar o ditador e o seu falso referendo, através do voto.
Analisando alguns dos materiais já criados para a campanha do NO (Não), René fica convencido que as intermináveis imagens de torturas, mortes, confrontos com a polícia, ..., apenas farão afastar os eleitores. Com uma estimativa para a oposição de 1 para 30, o NÃO necessita de arrancar urgentemente com a sua campanha, mas que apele ao coração das pessoas do Chile e as motive a irem votar.
"Toda a gente quer ser feliz", afirma René no seu estilo tranquilo e convincente. "Felicidade" será o mote da campanha: "Happiness is coming if you vote NO!"
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